Brindes Corporativos Sustentáveis: Como presentear com história e impacto positivo.
- Terravixta Rio
- 28 de mar.
- 5 min de leitura
Atualizado: 1 de abr.
No mundo corporativo, hoje a sustentabilidade virou obrigação e muitas vezes cai na rotina, na qual os brindes empresariais enfrentam uma crise de identidade. De um lado, consumidores cada vez mais atentos ao greenwashing (Nielsen, 2018); de outro, empresas que, na pressa para se mostrarem responsáveis, acabam adotando soluções genéricas - canecas de fibra de coco, ecobags sem graça e kits de jardinagem que nunca serão usados.
O problema vai além do desperdício. Num momento em que 76% dos profissionais afirmam que brindes corporativos não refletem os valores das empresas que representam (Estudo ABM, 2022), fica claro que estamos diante de uma oportunidade perdida. Presentear deveria ser um ato estratégico, uma extensão tangível da identidade da marca. Mas como transformar obrigação em conexão autêntica?
A resposta pode estar justamente no que o mercado massificado deixou de lado: a força da cultura como linguagem universal. Enquanto relógios de parede com logo viram pó em gavetas, objetos que carregam significado histórico e afetivo resistem ao tempo - é o caso das esculturas patrimoniais que reconectam pessoas a lugares icônicos, histórias coletivas e valores que transcendem o utilitarismo.
Este artigo não é sobre 'mais um guia de brindes sustentáveis'. É sobre como empresas visionárias estão redescobrindo o poder de presentear com propósito - e como ícones urbanos podem ser a chave para resolver esse impasse.
1. Copa do Mundo 2014: O Pão de Açúcar no ritmo do futebol

Quando o mundo inteiro voltou seus olhos para o Brasil em 2014, a Terravixta teve o privilégio de transformar esse momento histórico em algo tangível. Nossas esculturas do Pão de Açúcar, recriadas com o visual oficial da Copa, foram mais do que simples presentes - eram a materialização da paixão brasileira pelo futebol. Distribuídas para 2.500 convidados especiais, essas peças se tornaram verdadeiros tesouros para quem as recebeu.

Mas nossa contribuição não parou por aí. Em colaboração com destacados estúdios de design, desenvolvemos uma coleção ainda mais abrangente: os 12 estádios da Copa transformados em engenhosos cartões pop-up. As 55 mil unidades produzidas não eram meros papéis dobrados - cada uma se transformava em uma miniatura tridimensional impressionante, capturando a grandiosidade desses templos do futebol. O cuidado com os detalhes era tal que até as arquibancadas e estruturas características de cada estádio foram fielmente reproduzidas.
O que começou como um projeto de brindes corporativos sustentáveis exclusivos tornou-se algo maior. Muitos dos que receberam essas peças ainda as conservam com carinho quase dez anos depois, prova de que quando o design se encontra com a emoção, o resultado transcende o efêmero. Esses cartões pop-up e esculturas em madeira não foram apenas distribuídos - foram adotados como lembranças pessoais de um dos momentos mais vibrantes do esporte mundial.
2. ASICS nas Olimpíadas 2016: Dois países, um por do sol

Durante os Jogos Olímpicos do Rio, a ASICS desafiou a Terravixta a criar um presente que celebrasse a união entre Brasil e Japão com a mesma elegância que seus tênis esportivos. A resposta foi uma obra-prima de simbolismo cultural: uma escultura que reunia os ícones mais sagrados das duas nações. Do lado brasileiro, o Cristo Redentor estendia seus braços sobre o Pão de Açúcar, enquanto os Arcos da Lapa e os Dois Irmãos completavam a paisagem carioca. Do lado japonês, a majestade do Monte Fuji dialogava com o Pavilhão de Ouro, a Torre de Tóquio e o santuário flutuante de Itsukushima.
Um por do sol dourado esculpido entre os dois países, servindo simultaneamente como divisor e conexão. Presenteada a atletas olímpicos e 600 convidados especiais, a peça conquistou pelo minimalismo eloquente - onde cada detalhe contava uma história de respeito mútuo. O design provou que a verdadeira diplomacia cultural não precisa de palavras, apenas de símbolos dispostos com sensibilidade. A ASICS não distribuiu brindes, mas pequenos embaixadores artísticos que continuam a promover esse diálogo entre continentes.
3. Lançamento do Plaza Lapa: O Empreendimento e seus símbolos

Em 2017, o lançamento do Plaza Lapa, um empreendimento de alto padrão no coração do bairro, exigia um brinde que refletisse tanto a grandiosidade do projeto quanto a história do local. A Terravixta criou esculturas que uniam os Arcos da Lapa, o Pão de Açúcar e uma reprodução fiel do próprio prédio, seguindo o projeto arquitetônico original. Cada uma das 100 peças, entregue aos seus primeiros compradores, funcionou como uma miniatura do que seria não apenas um imóvel, mas um novo marco na paisagem da praça da carioca.
4. Jogos Cariocas de Verão: Esporte e natureza em harmonia

Os Jogos Cariocas de Verão, conhecidos por reunir esportes ao ar livre em cenários deslumbrantes, encomendaram uma escultura que capturasse essa essência. O resultado foi uma peça emoldurada com duas montanhas que remetem ao Pão de Açúcar, cercadas por atletas praticando slackline, beach tennis, kitesurf, skate e outros esportes radicais. Presenteada aos 20 patrocinadores especiais, a obra ainda escondia uma gaveta discreta com o caderno de resultados do evento e a proposta de renovação para o ano seguinte – um toque estratégico que ajudou a consolidar o sucesso contínuo dos Jogos.
5. Sebrae na Feira do Empreendedor: Reconhecimento em forma de arte

Em 2015, o Sebrae quis presentear os 250 convidados VIPs e palestrantes de sua Feira do Empreendedor com algo que representasse tanto a inovação quanto a identidade brasileira. A escolha foi uma edição especial do Pão de Açúcar, personalizada com a logo do evento. As peças, distribuídas durante a feira, simbolizaram não apenas um agradecimento, mas também um convite para que cada participante continuasse inspirando negócios e criatividade.
O poder dos brindes corporativos sustentáveis que contam histórias.
O que esses cinco casos tão diversos têm em comum? A compreensão de que um bom presente corporativo não é medido pelo preço, mas pela capacidade de encapsular memórias e valores em objetos tangíveis. Enquanto o mercado ainda discute sustentabilidade apenas como material, esses projetos mostram que a verdadeira sustentabilidade está na permanência afetiva - e é exatamente isso que transforma clientes em embaixadores de marca.
Os projetos para Copa do Mundo e Olimpíadas comprovam que presentes corporativos memoráveis não nascem por acaso, mas da capacidade de transformar símbolos culturais em narrativas tangíveis. Seja através da emoção do futebol ou da diplomacia entre nações, esses cases revelam um segredo: quando uma peça carrega significado autêntico, ela deixa de ser objeto para se tornar parte da história de quem a recebe.
Na era do consumo consciente, esse talvez seja o maior legado que uma marca pode oferecer - não um brinde, mas um fragmento de memória feito para durar.
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